Em entrevista à responsável pelo Projecto de Conservação das Tartarugas Marinhas na ilha do Fogo, Silvana Roque,ficámos a saber que a campanha nesta ilha está a passar por sérias dificuldades.
“Se por um lado precisamos de pessoal especializado, como por exemplo biólogos, por outro precisamos de voluntários para ajudar na monitorização das praias”, admite Silvana Roque.
Actualmente só têm quatro guardas, dois em Santa Catarina e dois em São Filipe que ajudam na monitorização das praias, recolhendo dados de prospecção e número de ninhos. Silvana Roque reconhece que por não terem, neste momento, um biólogo, "os dados genéticos nem sempre são recolhidos o que é uma pena”.
“Vamos fazendo o trabalho que é possível com os guardas, mas precisamos de mão-de-obra”, lamenta.
Contudo, a responsável não perde o ânimo e adverte que “vamos continuar com o nosso objectivo que é a protecção das tartarugas independentemente das dificuldades que possam surgir”.
O lado bom, como diz Silvana, é que apesar de tudo têm, na praia de Santa Catarina, mais de dez ninhos que eclodiram com uma taxa de 90 por cento de sucesso.
A mensagem que Silvana deixa à população da ilha do Fogo é que “siga o exemplo de São Vicente onde há um grande número de voluntários e envolvimento de várias entidades na protecção das tartarugas marinhas”.