Tartarugas Marinhas de Cabo Verde
Plataforma de divulgação do trabalho em defesa das Tartarugas Marinhas em Cabo Verde
04 Fevereiro 2009

 

AUTORES: Sonia Elsy Merino, Sandra Correia, Maria Auxilia Correia, Iolanda Cruz, Elisia Cruz
INDP, Mindelo, São Vicente, Cabo Verde
Revisão redacção, Dra. Telma Maria C. Vieira Viegas
 
O Arquipélago de Cabo Verde e a Conservação das Tartarugas Marinhas
 
As tartarugas marinhas são espécies mundialmente protegidas. Algumas delas, como por exemplo a tartaruga de couro (Dermochelys coreacea), conhecida localmente como “Strongby”, são classificadas como estando em sério perigo de extinção. Para contrariar esta tendência ao nível do território nacional, o Governo de Cabo Verde vem desenvolvendo, desde 1993, sistemáticos esforços visando a protecção e a preservação destes animais marinhos. O longo trabalho de consciencialização que tem sido feito contra o consumo e a comercialização destas espécies emblemáticas, bem como o incentivo à investigação, não teria sido possível sem a cooperação e apoio de técnicos instituições e de organizações não governamentais ligados ao ambiente, tanto nacionais como estrangeiras, nomeadamente: o Atelier Mar; a Associação dos Amigos do Calhau (São Vicente); e o Programa Regional de Conservação do Ambiente Marinho e Costeiro da África Ocidental – PRCM, no qual estão envolvidos a União Internacional para a Conservação da Natureza – UICN a Fundação Internacional do Banco de Argin – FIBA, o Fundo Mundial para a Natureza – WWF e a Weatland International – WI; o Projecto Natura 2000 na Boavista; as equipas técnicas municipais ambientais –ETMAS- e outros que aqui não citamos

 
 
 
 
 
 
 
 
 
A tartaruga vulgar, Caretta caretta, nidifica nas praias de Cabo Verde e emigra ate os países da costa da Africa Ocidental: Mauritânia, Gambia, Senegal, Guine, Guine Bissau e Serra Leoa (foto saturtle.org)

Das seis espécies de tartarugas marinhas que vivem no Oceano Atlântico, cinco delas são avistadas nas águas de Cabo Verde: as tartarugas verdes, conhecidas localmente como “pardas” (Chelonia mydas); as tartarugas de casco levantado (Eretmochelys imbricata); as tartarugas oliva (Lepidochelys olivacea); as tartarugas de couro (Dermochelys coreacea) e as tartarugas vulgares ou comuns (Caretta caretta). A tartaruga comum é a mais frequente, com uma população desovante que se encontra entre as três maiores do mundo, juntamente com as da Florida e de Oman.
 
As tartarugas marinhas são populações emigrantes presentes em todo o mundo. A tartaruga comum de Cabo Verde, nidifica nas diversas praias das diferentes ilhas do arquipélago, para de seguida emigrar até às costas da África Ocidental, de tal forma que as compartilhamos com países desta sub-região africana, tais como a Mauritânia, o Senegal, a Gâmbia, a Guiné-Bissau, a Guiné Conacry e a Serra Leoa. Após o período da desova, as tartarugas deslocam-se para a Costa Ocidental Africana, até às águas costeiras desses países, ricas em alimento e nutrientes, onde permanecem entre dois a três anos, após os quais regressam a Cabo Verde para completar mais um ciclo de reprodução.
 
 
Entre Agosto e Outubro de 2006, foi realizado um estudo socio-económico e ecológico sobre as tartarugas marinhas das ilhas de São Nicolau, Santo Antão e São Vicente, promovido pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas de Cabo Verde – INDP. O estudo tinha como objectivos: conhecer algo sobre a existência de tartarugas marinhas nessas ilhas: identificar as espécies mais frequentes; identificar as praias e as zonas de maior ocorrência e os maiores perigos que estes animais enfrentam; reunir informações complementares acerca da contribuição social, económica e cultural das tartarugas marinhas para o desenvolvimento das populações locais.

A tartaruga vulgar, Caretta caretta, visita as praias das ilhas do arquipélago de Cabo Verde, donde podem ser avistadas a desovar (desenho de Sonia Elsy Merino)

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
publicado por INDP às 10:41
tags:
Esse documento foi publicado na revista Fragata de Cabo Verde
Melisa alves
INDP a 4 de Fevereiro de 2009 às 11:29
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Ótimo Trabalho
Trabalho valioso desta lembrança de resgate
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verdade
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