Em 2011, além de continuar com a recolha de dados genéticos, também, durante a época de reprodução da espécie Caretta caretta (tartaruga comum ou cabeçuda), prevê instalação, nas mesmas, de seis transmissores para seguimento da sua rota migratória via satalite.
A actividade conta com o financiamento e apoio científico de dois especialistas, Dr. Christophe Eizaguirre e Dr. Victor Stiebens, do Instituto Leibniz de Ciências Marinhas IFM-Geomar em Kiel.
Satellite tagging e dados oceanográficos para assegurar o conhecimento das regiões nas quais as TM residem
Dois objectivos essenciais:
1) Contribuir para a investigação sobre a rota migratória das tartarugas marinhas durante e após o período reprodução, para melhor estabelecer programas de protecção das mesmas. Cabo Verde acolhe a terceira população mundial da espécie C. caretta, porém, a sua dinâmica continua sendo um mistério. A transmissão via satélite vai permitir o acompanhamento da espécie ao redor das ilhas e, também, ter informações sobre a profundidade que pode atingir, as zonas de alimentação, entre outras.
2) No contexto das mudanças climáticas, há mais uma ameaça emergente, com o possível aumento de doenças em animais marinhos, provocado pelo aquecimento global, tornando-se um novo desafio da ciência e da sobrevivência das tartarugas marinhas. Os transmissores permitem colectar informações oceanográficas, tais como a variação de temperatura, salinidade e oxigénio, que são parâmetros fundamentais para aumentar o conhecimento sobre os oceanos, consequentemente, uma mais-valia para os programas de protecção e gestão dos recursos marinhos.